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Discos Favoritos: The Jesus and Mary Chain | Automatic.

Mantendo a mudança como a única constante, o terceiro álbum de The Jesus And Mary Chain foi mal interpretado no seu lançamento.



Escutando a 'Psychocandy' hoje, é possível que o impacto sônico tenha se perdido um pouco. É difícil, hoje em dia, imaginar o quão incongruente o Jesus and Mary Chain deve ter soado entre os Kajagoogoos ou Whams da época. Mas o influente álbum de estréia do The Jesus and Mary Chain, com sua mistura pioneira de feedback e as harmonias do pop dos anos 60, deixou um impacto sísmico, inspirando inúmeras e bandas de rock alternativa.

O álbum seguinte, 'Darklands', viu uma enorme mudança no som, os amplificadores foram desligados para uma abordagem mais contida. O álbum é sóbrio e calmo, contando com violões e melodias mais descontraídas, menos distorção e arranjos mais sutis. Elogiado pela crítica e pelo público, o 'Darklands' mostrou que a banda poderia desligar a distorção e o feedback e as músicas ainda se manteriam em pé.

No momento que a banda partia para seu terceiro álbum as expectativas eram altas, e pela direção sugerida por singles como 'Sidewalking', com seu som abrasivo e sombrio, ou a pop dos anos 60 'Surfin 'USA', indicavam um retorno às origens.


Mas não, a banda decidiu inovar.

Infelizmente, os críticos da época não captaram a ideia e 'Automatic' foi duramente criticado pela utilização de drum machines e sintetizadores (não há baixo no álbum) e, por esses pecados, o 'Automatic' ganhou desmerecida uma má reputação.

Mas apesar de duramente criticado, o som nítido das baterias eletrônicas e do baixo sintético dava um leito contrastante aos zumbidos de guitarra, com surtos de feedback ainda salpicando de vez em quando, e os vocais abrasivos dos irmãos Reid guiando as canções. Em retrospectiva, você poderia dizer que os resultados da nova abordagem eletrônica foram positivos, com um tech / rock que tinha mais relação com o New Order do que com a New Wave.

O álbum contém cinco das melhores músicas da banda: 'Here Comes Alice', uma bala agridoce, 'Coast to Coast', uma faixa pulsante com fantásticas partes de guitarra, 'Between Planets', uma das minhas favoritas, 'Blues From A Gun', seu single de maior sucesso nos Estados Unidos até então, e 'Head On', musicalmente pulverizante: “Makes you want to feel / Makes you want to try / Makes you want to blow the stars from the sky”.

Dois anos depois, o Pixies, uma das bandas independentes mais respeitadas da época, ajudou a limpar a reputação do álbum, gravando uma cover de 'Head On'. Apesar das críticas duras no momento de seu lançamento, a percepção da crítica e dos fãs melhorou com o passar do tempo, e hoje em dia a maioria dos críticos coloca o álbum entre os melhores da carreira do The Jesus e Mary Chain.



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